Em vez de palmas e gritos, o som
das buzinas e o piscar dos faróis estão dominando as plateias dos primeiros
shows no Brasil após a pandemia da Covid-19.
No mês passado, Ivo Meirelles, Jota Quest e
Leo Chaves se apresentaram para plateias cheias… de carros. Belo, Roupa Nova,
Nando Reis, Anavitória e Turma do Pagode também têm shows no formato drive-in
agendados para as próximas semanas.
O projeto com mais shows marcados é o Arena Sessions, com eventos
variados e apresentações musicais no Allianz Parque, em São Paulo. A capacidade
é de 285 carros, com 130 na área vip. Mesmo com preço de até R$ 550 por carro,
os ingressos sempre se esgotam. Com menos ingressos disponíveis, a
tendência é que seja mais difícil para produtores “fecharem a conta”.
Eventos drive-in podem se tornar dependentes de patrocínios para dar
conta dos gastos com artistas do primeiro time e com a estrutura. Em qualquer desses shows, estar
dentro do carro não anula os cuidados básicos para a prevenção do coronavírus.
É preciso usar máscara e higienizar as mãos com álcool gel.
A equipe do estádio usa bastões luminosos,
como nos cinemas drive-in, para orientar os carros e indicar onde há vagas. Há
pequenas caixas de som ao lado de cada vaga. Para ir ao banheiro, tem que se
comunicar com a equipe do evento, por celular. Também é possível usar o
telefone para pedir comidas e bebidas.
Também deve ser levada em conta a estrutura
para um evento de cerca de mil pessoas. Há outros profissionais envolvidos na
produção, da parte de prestação de serviços (segurança, limpeza, produção,
vendas) e da estrutura do show (equipe técnica, banda).
Por conta disso, há artistas que não se empolgaram tanto com o formato drive-in. É o caso de Manu Gavassi. Ela era uma das atrações do Arena Sessions, mas desistiu e divulgou um comunicado cancelando o show.
Com informações do G1