Universalização do saneamento básico pode gerar receita de até R$ 41 bilhões por ano ao Brasil, diz estudo

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Diminuição de internações, aumento da produtividade no trabalho, valorização imobiliária, expansão do turismo… Os benefícios causados pelo acesso ao saneamento básico são muitos e são conhecidos. Mas, para além da melhora da qualidade de vida dos brasileiros e do meio ambiente, a universalização dos serviços de esgoto e água no país também traria benefícios econômicos. E o valor não é baixo: cerca de R$ 41 bilhões por ano.

É o que aponta um estudo feito pelo Instituto Trata Brasil com a consultoria Ex Ante. A análise traz estimativas dos benefícios e dos custos de operação do saneamento esperado para o período de 2021 a 2040 no Brasil.

Ao longo desse período, os ganhos socioeconômicos com o saneamento devem chegar a R$ 1,455 trilhão em todo o país, sendo R$ 864 bilhões de benefícios diretos (renda gerada pelo investimento e pelas atividades e impostos recolhidos) e R$ 591 bilhões por conta da redução de perdas associadas a fatores externas.

Vale dizer que o período analisado pelo estudo não é aleatório: metas impostas pelo Marco Legal do Saneamento Básico estabelecem que 99% dos brasileiros precisam ter acesso a abastecimento de água potável e 90% precisam ter acesso a coleta e tratamento de esgoto até 2033, com possível extensão de prazo para 2040 em alguns casos.

Mesmo assim, os avanços no setor continuam tímidos, como aponta o estudo. Em 2016, dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) apontavam que o país ainda tinha 35 milhões de brasileiros sem acesso a água e mais de 100 milhões sem coleta de esgoto — ou seja, em que o esgoto estava sendo jogado diretamente na natureza.

Por isso, o estudo destaca ponto a ponto o quanto que o maior investimento no saneamento traria benefícios diversos para as cidades, os estados e o país como um todo.