O total de testes moleculares (RT-PCR) para diagnóstico da Covid-19 realizados no Brasil voltou a cair em outubro. Foi o segundo mês seguido de queda, de acordo com dados compilados pelo Ministério da Saúde.
A queda no tipo de testes mais indicado para identificar pacientes com infecções recentes é vista com preocupação pelos especialistas. Os pesquisadores defendem que o Brasil deveria estar no caminho inverso: ampliando os testes para rastrear e frear o avanço da pandemia.
Isso porque, depois de meses de pandemia, já é sabido que o coronavírus é transmitido principalmente entre contatos próximos e logo nos primeiros dias após o aparecimento dos sintomas de Covid-19.
O rastreamento de contatos nada mais é do que identificar e acompanhar as pessoas que foram expostas à doença (leia mais abaixo). Ele já foi adotado para controlar a propagação de outras doenças infecciosas.
A falta de isolamento dos infectados causa surtos que podem ser controlados pela implementação de medidas direcionadas. A orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é encontrar os casos, isolar, testar e rastrear.
Segundo ela, além do teste, é importante saber três coisas com relação à transmissão: há quanto tempo a pessoa foi exposta ao vírus, em que ambiente ocorreu essa exposição e se houve ou não distanciamento. “Com essas três coisas já conseguimos fazer o rastreamento”, diz.
Os dados do Ministério da Saúde apontam que o Brasil fez menos testes do tipo RT-PCR em setembro e em outubro do que nos meses anteriores. A pasta divulgou dados absolutos dos testes realizados ao longo do ano até setembro. Em comparação com agosto, a queda foi de 11,5% – uma diminuição de 122.944 testes.
Com informações do G1