Muitas vezes reclamamos do comportamento de quem prega
notícias falsas, dos gabinetes do ódio, da apologia e prática dos crimes
cibernéticos.
Mas fato é que
eles estão mais perto de nós do que imaginamos. O Pajeú, por exemplo, já é um
importante celeiro das Fake News. E o pior é que tem gente caindo nisso.
Essa semana o alvo
da Fake News da vez foi o prefeito José Patriota, de Afogados da Ingazeira. Com
a finalidade de atacá-lo, intencionalmente pegaram sua foto com um cartaz em
defesa da prorrogação do Fundeb e alteraram o texto, como se fosse um
agradecimento a vereadores por não terem votado o aumento dos professores.
A prefeitura diz
que a Câmara não votou o aumento porque entrou na janela de recomendações
contrárias a isso pelos órgãos de controle. Uma das associações entrou na
justiça contra o município, que diz que, caso haja ganho de causa, fará o
pagamento respaldado. Há guerra de versões.
No meio dessa
peleja surgiu a falsa imagem. O pior, compartilhada em grupos de WhattsApp por
professores, sobre os quais também recaíram as suspeitas da criação do arquivo.
Quando alguém com o poder de educar deseduca, estimula mentiras, atribui a
outro o que não foi dito, é mais feio ainda.
Discordar,
divergir, criticar duramente, cobrar é absolutamente normal e legítimo. Mentir,
montar, trocar, de jeito nenhum.
Pior que o Pajeú
começa a colecionar esses episódios. Na política sucessória, já há alguns.
Esses dias, o irmão do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, foi alvo do
próprio irmão, João Duque Filho, o Duquinho, que espalhou uma foto antiga de
confraternização como se fosse de hoje, acusando o irmão desafeto de ter
promovido farra e aglomeração em tempo de Covid.
Depois da verdade
vir à tona, pediu desculpas. O pai João Duque ainda vivo e bem, deve viver com
angústia sem tamanho vendo a relação conflituosa dos filhos, temperada por uma
Fake News .
Em Tabira
trucagens, montagens, e todo tipo de baixarias já começaram a circular com a
assinatura dos pré candidatos. Uma baixaria e as eleições nem começaram. E assim
os exemplos se sucedem na região.
Em resumo, é uma
pena que esse tipo de artifício ganhe força nas redes sociais, ainda uma
espécie de terra de ninguém, em nossas cidades.
Não diziam que o
Pajeú era tão politizado? Pois se aqui políticos, agentes públicos e até
professores se somam a esse tipo de mal feito, há cada vez mais certeza de que
também aqui parte da sociedade está doente, atacada pelo vírus do baixo
expediente e dos ataques covardes, atinjam quem atingir. Uma pena…