Parece mentira, mais é uma verdade que tem doído em muitos brasileiros nos últimos meses. A falta de medicamento que realiza a poliquimioterapia multibacilar adulto (PQT/MBA). Em outras palavras, esse é o tratamento para quem é portador da hanseníase.

Para os pacientes com essa doença, o poder público é o único meio de adquirir a medicação, pois ela não é comercializada na rede privada e tem sua importação feita exclusivamente pelo Governo Federal, que distribui para os estados e municípios.

No entanto, desde meados de 2020 o Ministério da Saúde não diz os motivos, mais estados e municípios já enfrentam o desabastecimento da medicação.

Curioso é que o remédio em questão, é doado pela Organização Mundial de Saúde, ou seja, não tem custos para o Brasil, e outro fator que chama atenção, é que essa medicação não tem patente e já é usada a mais de 40 anos no mundo, mais o Brasil ainda não o produz, o que tem causado críticas por parte de especialistas.

A reportagem do blog do Erbi ouviu profissionais da saúde sobre o assunto. E segundo eles, a falta dessa medicação é verdadeiramente absurda, pois nunca viram tamanho desabastecimento, mesmo trabalhando à muito tempo na área.

Segundo a Sociedade Brasileiras de Dermatologia, são diagnosticados cerca de 30 mil casos por ano da doença no Brasil, nosso país é o segundo em número de casos no mundo, atrás apenas da índia, e atualmente pelo menos 4 Estados estão sofrendo com o desabastecimento.