Doses são suficientes, mas vacina atrasada da covid-19 obriga seleção de grupos prioritários no Brasil

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Foto: BioNTech/Divulgação via Reuters

O Plano Nacional de Imunização (PNI), lançado na semana passada pelo governo federal, prevê a compra de 350 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 para 2021.

Essa quantidade, de acordo com o texto, seria suficiente para vacinar cerca de 175 milhões de pessoas, dentre os mais de 210 milhões de brasileiros, considerando que a imunização deve exigir duas aplicações em cada pessoa – e que há uma pequena perda, esperada, de doses nos frascos.

Além disso, considerando também os acordos fechados por governos estaduais com laboratórios, o Brasil poderia chegar a 446 milhões de doses de imunizantes previstas, suficientes para vacinar todos os 211 milhões de habitantes ao menos em uma rodada de campanha – com duas doses por pessoa.

Apesar de, em teoria, isso significar que o PNI prevê a compra de doses para imunizar cerca de 83% da população, há um desafio implícito nesses números: as doses não vão chegar todas de uma vez, o que pode obrigar o governo a tomar decisões sobre aqueles que, mesmo dentro dos grupos prioritários, serão imunizados primeiro.

Considerando o público-alvo das três primeiras fases de vacinação, o PNI estima que o país precisaria de ao menos 104 milhões de doses.

Se o Butantan conseguir mesmo produzir 1 milhão de doses por dia, somado à capacidade da Fiocruz – que ainda não foi divulgada – o país pode se tornar autossuficiente na produção da vacina contra a Covid-19.

Enquanto o Brasil teria um volume para imunizar a população uma vez, os países mais ricos do mundo vêm estocando imunizantes e, hoje, conseguiriam vacinar três vezes as suas populações.

Com informações da CNN Brasil