Governador, partidos e bancada do Maranhão protestam contra piada homofóbica de Bolsonaro

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A bancada do Maranhão no Congresso e o governador Flávio Dino (PCdoB) condenaram declarações do presidente Jair Bolsonaro em viagem ao estado nesta quinta-feira (29).

Bolsonaro fez uma piada homofóbica ao se referir aos maranhenses e a um refrigerante de cor rosa. O Guaraná Jesus é um refrigerante tradicional, tipicamente maranhense e um símbolo do estado.

A fala de Bolsonaro foi transmitida em uma “live”, por volta de 12h, em uma rede social do presidente. Bolsonaro repetiu a brincadeira mais de uma vez.

Nas imagens, que repercutiram nas redes sociais, o presidente aparece ao lado de apoiadores e não usa máscara. O item é obrigatório por decreto estadual desde maio.

No ano passado, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a homofobia e a transfobia podem ser enquadradas no crime de racismo.

O governador Flávio Dino disse que vai processar o presidente. Os deputados do Maranhão Rubens Pereira Junior e Márcio Jerry, ambos do PCdoB, e Bira do Pindaré (PSB) ressaltaram o desrespeito aos maranhenses e repudiaram a postura homofóbica do presidente. Parlamentares de outros estados também criticaram a declaração de Bolsonaro.

O senador Humberto Costa (PT-PE) disse que o presidente disparou ódio contra gays, nordestinos e maranhenses como se fosse uma brincadeira.

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) disse que Bolsonaro foi ao Maranhão para espalhar homofobia. O partido disse que também vai processar o presidente.

O PDT no Senado ressaltou que a piada tem teor preconceituoso. Bolsonaro visitou o Maranhão para participar da entrega de obras do governo federal, dentre as quais um trecho da rodovia BR-135, em Bacabeira, e do “panelodrómo”, um complexo gastronômico de culinária popular em Imperatriz, segunda maior cidade do estado.

À noite, já em Brasília, durante transmissão ao vivo em uma rede social, Bolsonaro pediu desculpas, disse que fez “uma brincadeira”, e que o comentário não era “para a televisão”.

Com informações do G1