Um ano se passou desde a primeira morte por Covid-19 no Brasil. Durante esse tempo, muito se falou sobre o “novo normal”. Usar máscara, manter o distanciamento social, fazer quarentena, higienizar as mãos. Essas medidas foram aplicadas para tentar frear o contágio da doença enquanto cientistas desenvolviam as vacinas. Mas agora, com as vacinas sendo aplicadas no mundo, podemos começar a pensar no “velho normal”? Ele ainda existe?
O governador da Paraíba, João Azêvedo, anunciou que o Consórcio Nordeste apresentará nesta sexta-feira (12) proposta ao Fundo Soberano Russo para comprar 39,6 milhões de doses da vacina Sputnik V.
Azevêdo disse que as doses seriam incorporadas ao Plano Nacional de Imunização.
O imunizante já está sendo aplicado em outros países, mas ainda não obteve a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com João Azevêdo, a negociação com o Fundo Soberano Russo começou ainda no ano passado e teve como principal articulador o governador baiano Rui Costa. Ele explica também que a compra e a entrega dos imunizantes tornam-se possível depois da aprovação e sanção da Lei nº534, de 2021, que autoriza a compra de vacinas por pessoas jurídicas de direito privado.
O governador disse que a compra vai garantir a continuidade da vacinação no país. “O Brasil precisa, mais do que nunca, de união e vacina. É assim que venceremos essa pandemia”, escreveu.
O governo brasileiro estima contar com 22 milhões a 25 milhões de vacinas em março, “podendo chegar a 38 milhões”, fornecidas pelo Butantan e pela Oxford/Astrazeneca. A quantidade é menor do que a última previsão divulgada pelo Ministério da Saúde, no dia 6 de março, de 30 milhões de doses. A redução é a quinta feita nas previsões de doses a serem entregues no mês de março.