Bitcoin se valoriza e bate recordes

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O bitcoin voltou a ser assunto central no universo de investimentos depois de uma valorização recorde nos últimos meses. Em meados de março, uma unidade valia cerca de US$ 5 mil. Em apenas nove meses, chegou nesta semana aos US$ 34 mil, a mais alta cotação da sua história.

As criptomoedas são ativos como real, dólar e euro, mas que circulam apenas em ambiente digital. O bitcoin é o mais importante modelo, mas há tantos outros, como Ethereum, Litecoin e Ripple. Para comprá-las, é necessário abrir uma conta em corretoras especializadas.

Todas têm por natureza uma variação muito intensa das cotações. Nesta segunda-feira (4), por exemplo, o bitcoin chegou a cair 16% após o recorde e se recuperar. Às 18h de ontem, estava cotado a US$ 31 mil, queda de 7,5%.

O que faz o bitcoin tão volátil é a busca por seu valor justo no mercado, já que não há lastro nem regulamentação por parte de bancos centrais. As operações são registradas por meio da tecnologia blockchain, que registra todas as quantias transferidas, quem transferiu para quem e qual o valor.

Se, por um lado, não há uma autoridade que dite regras ao mercado nem outra moeda que referencie seu preço, também não há uma proteção ao patrimônio. A segurança é calcada na tecnologia e na aceitação no mercado. Entra, portanto, na categoria de investimento de alto risco.

Quem surfou a onda de valorização ao longo de 2020 se deu bem. No ano passado, o bitcoin registrou ganhos de 300% enquanto o Ibovespa fechou o ano com alta de 3%.

A chance de retorno rápido não é novidade, tal como não seria uma rápida desvalorização destes ganhos. Em 2017, a cotação da moeda digital passou por esse efeito.

A alta recorde até então veio em dezembro daquele ano, passando dos US$ 18 mil. Ao longo de todo o ano seguinte, desenhou-se uma curva de queda intensa, levando o preço do ativo aos US$ 3 mil.

Para Bruno Diniz, consultor em inovação e fundador da Spiralem, o mercado amadureceu de lá para cá e ganhou chancelas de importantes empresas e investidores. É o que, hoje, dá segurança aos entusiastas de que o bitcoin não é uma bolha financeira.

Com informações do G1