A apreensão dos candidatos a uma vaga no ensino superior aumentou desde que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, reconheceu no sábado (18), que houve “inconsistências” na correção dos gabaritos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo Weintraub, a falha ocorreu na transmissão das informações – quem fez prova de uma cor teve o gabarito
corrigido como se fosse outra cor.
O desempenho no Enem é critério para concorrer no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece 237 mil vagas em universidades federais em todo o país. O período de inscrições foi mantido: vai de terça-feira (21) a sexta-feira (24).
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enem, 3,9 milhões de pessoas fizeram as provas em 3 e 10 de novembro. A princípio o erro havia atingido apenas a correção de gabaritos do 2º dia, quando houve provas de ciências da natureza e matemática. No entanto, domingo (19), o Inep afirmou que a revisão será feita nos dois dias do exame.
O Inep criou um email para os candidatos que se sentirem prejudicados. O endereço é enem2019@inep.gov.br. Os relatos devem ser enviados até as 10h dessa segunda-feira (20), com nome completo e CPF.
Até a manhã de sábado, o MEC e o Inep não sabiam informar quantas pessoas poderiam ter sido atingidas, mas admitiram o erro
em ao menos quatro provas de Viçosa (MG). Além do Sisu, a nota do Enem pode ser usada na seleção de outras universidades, incluindo instituições em Portugal, e também em programas de apoio do governo – como o Prouni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares, e o Fies, que financia o pagamento de mensalidades.
Com informações do G1