Acusado de participar de estupro coletivo em Flores, chegou a ser cuidado pela vítima quando criança
Um dos 3 homens suspeitos de estuprarem uma mulher de 29 anos de idade na cidade de Flores no último domingo (19), foi cuidado por ela quando criança. Heitor Santana é filho da vereadora Flávia Santana (PSB), e é considerado foragido, segundo autoridades policiais. Além dele mais dois homens teriam participado da ação criminosa; João Victor Alves e Josélio Siqueira.
Josélio tem 61 anos e já está preso, os outros dois estão sendo procurados pela Polícia.
O caso ganhou repercussão em vários veículos do estado. Um deles, com maior viralização, do site Marco Zero, com o título “Mulheres de Flores vão às ruas pedir prisão de três homens que doparam e estupraram copeira”. Descreve a matéria, assinada por Géssica Amorim.
A vítima é funcionária da Câmara de Vereadores do município. Segundo informações fornecidas por sua irmã, ela chegou a ser babá de Heitor, que, na noite do crime, a encontrou casualmente e a convidou para tomar uma cerveja, enquanto ela saía do local onde fazia a prova de um concurso público.
“Ela trabalhou muitos anos na casa dele como doméstica e babá. Ele a convidou para sair depois do concurso e ela foi. Confiou nele”, conta a irmã mais nova da vítima – cujo nome é preservado para evitar que a família seja exposta.
Os homens gravaram os sucessivos estupros no quarto do motel e compartilharam os vídeos, que logo viralizaram em grupos de Whatsapp.
De acordo com a irmã da vítima, um dos rapazes chegou a procurar a jovem para oferecer dinheiro para que ela saísse da cidade. A moça não aceitou e contou aos seus familiares o que lembrava sobre a noite em que foi estuprada.
Em nota publicada em seu perfil nas redes sociais, o prefeito Marconi Santana afirmou que é “contra qualquer ato de violência contra mulher, seja ele físico, psicológico e ou sexual”. O político assegurou que sua família “não comunga com o ato praticado e que cabe às autoridades competentes a aplicação da norma jurídica para a matéria”.
Na terça-feira, 21 de dezembro, dezenas de mulheres precisaram apenas de algumas horas para organizar uma passeata pelas ruas da cidade para exigir justiça para o caso.