O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em sua primeira entrevista para a imprensa, nesta 5ª feira (2.mar), afirmou que o Preço de Paridade Internacional (PPI) deixa de ser o único parâmetro para a estatal na definição de preços. Afirmou ainda que não vai “descumprir regra”, mas que outras referências podem ser utilizadas pela Petrobras.
“Para a Petrobras, PPI deixa de ser o único parâmetro. Mas na hora que a regra for mudada por escrito, pois a gente vai fazer discussões. Em uma frase, a Petrobras vai praticar o preço do mercado em que ela estiver atuando”, disse.

Prates ainda criticou a política de preços utilizada na gestão de Jair Bolsonaro (PL) e acusou o ex-mandatário de ser “intervencionista” para favorecer a concorrência. “Quem era intervencionista era o governo anterior, que mandava a Petrobras praticar esse PPI [Preço de Paridade Internacional] para ajudar o importador, mesmo sem ter necessidade. O importador é meu competidor, se é mercado vamos jogar o jogo do mercado. Mas me obrigar a praticar o preço do concorrente? Não faz nenhum sentido”, avaliou Prates.

Ao se referir a atual gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente da estatal garantiu que não há nenhum grau de intervencionismo na Petrobras. E falou sobre a recomendação do petista: “Se tiver que mudar, mude dentro da regra. O presidente em momento nenhum disse ‘faça isso, faça aquilo”, contou.

O Preço de Paridade Internacional (PPI) é uma política de preços implementada em 2016, durante o governo do ex-presidente Michel Temer. O índice se baseia nos custos de importação, que incluem transporte e taxas portuárias como principais referências para o cálculo dos combustíveis.

Por estar vinculado ao sistema internacional, a variação do dólar e do barril de petróleo tem influência direta no cálculo dos combustíveis da Petrobras.

Com informações do SBT News