A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu não fazer novo reajuste na bandeira vermelha da conta de luz para atender o governo – que está preocupado com o impacto da alta nas tarifas na inflação.
Um novo aumento na bandeira, que já sofreu um reajuste de 52% no patamar 2 a partir de julho, era dado como certo e até necessário por especialistas na área energética, frente à crise hídrica.
A falta de chuvas leva à utilização maior de usinas térmicas para compensar o baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Segundo fontes ouvidas pelo blog, dirigentes da Aneel ouviram apelos do governo para aguardar o mês de agosto antes de decidir por uma segunda alta na tarifa em tão curto intervalo de tempo.
Para julho, o patamar 2 da bandeira vermelha já havia sido reajustado de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kwh consumidos. O impacto no preço da energia e no bolso dos consumidores foi direto e representou um aumento de mais de 5% de aumento na tarifa final da conta de luz.
Para especialistas, o valor do patamar 2 da bandeira vermelha precisaria ir para pelo menos R$ 11 por 100 kwh, porque o custo das distribuidoras aumentou muito.
A preocupação com a escalada da inflação é generalizada no governo e vai das áreas econômicas às políticas. A conta de luz tem papel central nesse cenário, porque afeta a população de mais baixa renda e pode respingar na popularidade do governo – que já está em queda.