Pinturas rupestres na PB podem ser registro mais antigo de supernova no hemisfério sul

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Um artigo de um pesquisador do interior da Paraíba, Felipe Sérvulo, professor de física e mestre em cosmologia pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), indica que uma explosão estelar, do ano de 1054, pode ter tido o registro mais antigo no hemisfério sul em duas cidades no estado. A supernova, como é chamada, ficou visível por quase dois anos e só tinha sido registrada por povos do hemisfério norte.

O estudo do professor foi publicado em um artigo da Revista Eletrônica “Tarairú“, da UEPB, e baseou um outro estudo, de tema parecido, da Universidade de São Paulo (USP) que também foi publicado sobre a supernova e as pinturas rupestres. A área da pesquisa é chamada de arqueoastronomia, que propõe apenas hipóteses baseadas em associações.

No estudo do pesquisador, foram avaliadas duas pinturas nas cidades do Congo e também em Taperoá, no interior do estado. A pintura rupestre no Congo fica localizada no distrito de Carmo, em uma região rochosa chamada de “Toca dos Astros”, local onde existem diversas pinturas e gravuras relacionadas com a astronomia.

Em relação aos autores das pinturas rupestres nas duas cidades, Felipe Sérvulo disse que não se sabe exatamente quem são, mas calcula-se que tenham sido os povos Tarairius ou Kariris, este segundo que dá nome inclusive à região onde é situado os municípios.

Sobre o pioneirismo no hemisfério sul, o professor ressaltou que há alguns registros de povos aborígenes da Austrália, mas que fazem menção a um “evento mitológico” e não à supernova de 1054.