Missão Cumprida

  • Post author:
You are currently viewing Missão Cumprida

Por Isabelly Moreira:

Beirando 2016 fui convidada pelo grupo de Evandro Valadares para assumir a Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes em São José do Egito. Recusei o convite por diversos motivos e o mais determinante de todos: por eu ainda residir fora. Daí, em julho deste ano, novamente o Prefeito Evandro Valadares me fez o convite e agora com mais um desafio: o de trabalhar a Lei Aldir Blanc no nosso Município. Relutei, mas aceitei por saber que o trabalho seria imenso – e como está sendo – mas que eu me dedicaria integralmente para garantir os direitos da nossa classe que foi a primeira a parar nesta Pandemia.

A partir disso, juntamente com a equipe (destaco que sem a equipe seria IMPOSSÍVEL executar algo tão complexo. Vocês são incríveis!) não diferenciamos final de semana e feriado de dia de trabalho. Tudo virou uma coisa só com o objetivo de distribuir a verba da maneira mais justa e igualitária possível. Aí foi só reunião, plantão virtual, treinamento e tudo, tudo mesmo que pudemos fazer para mantermos a excelência na qualidade do serviço prestado em nome da Pasta e da gestão, aos quais agradeço o elevado grau de confiança em me indicar para uma empreitada dessa.

Criamos o Cadastro Artístico e Cultural, com o intuito de mapear a classe artística e para tal realizamos o Mutirão rural que passou com nossa equipe por todos os distritos, vilas e povoados, a fim de descentralizar o Cadastramento.

A Lei ainda exigiu a estruturação de todo processo interno (atendimento aos artistas, criação de editais, publicação, assistência para inscrição, formação de Comissão fiscalizadora, criação e compartilhamento de documentos inerentes a todo processo, treinamentos, reuniões internas e externas, etc).

Para melhor informar e prestar contas de todo processo, criamos o espaço virtual no site da prefeitura e os canais de atendimento ao artista por WhatsApp e e-mail. Além do canal do Youtube para exibir conteúdos recebidos dos editais.

E como a gente só cresce se for junto, a nossa Secretaria participou ainda da criação do movimento Pajeú na Aldir Blanc, em parceria com as Secretarias de Cultura de Afogados da Ingazeira (a quem agradeço na pessoa de Edygar Santos) e Serra Talhada (a quem agradeço por Anildomá Wiilams), que teve o propósito de unir as secretarias da região para melhor desempenhar o papel das pastas na Lei Aldir Blanc, por meio de fornecimento de editais e anexos que serviram de embasamento e modelos para os processos de cada município.

Agora, no encerramento deste ano, escrevo esta longa e necessária prosa para dizer que o nosso dever de casa foi cumprido. O Processo da Lei ainda segue em trâmites internos e burocráticos, mas cumprimos o nosso objetivo central de fazer com que mais R$ 265.000,00 (duzentos e sessenta e cinco mil) reais fossem entregues nas mãos dos artistas! Estou feliz! Ao assumirmos a pasta, voltamos a atuar com a Secretaria no prédio do Centro de Cultura, o qual agora está com sua primeira etapa de reforma praticamente concluída (pintura completa e recuperação das cadeiras do auditório, além de reestruturação da cozinha e dos banheiros).

Agradeço, mais uma vez, a equipe e a Gestão Evandro Valadares que confiou tamanha responsabilidade. Agradeço as pastas parceiras que somaram conosco neste momento, afinal prefeitura é a junção de toda pasta. Também a Comissão formada por representantes da Adesje, CDL, Secretaria de Educação e OAB, que seguem acompanhando o trabalho. Agradeço a todos(as) os(as) artistas de São José que abraçaram a Secretaria. E sou totalmente gratidão a minha família por tantas vezes se readequarem aos meus horários loucos de trabalho.

Cabe, ainda, dizer esse é o recorte deste período que vivo a experiência de estar Secretária de Cultura, Turismo e Esportes. Mas que eu já inteiro uma soma com a pasta desde o finalzinho de 2018 para 2019 quando me veio o convite para ocupar a coordenação de Cultura na equipe do então secretário Henrique Marinho. Por eu já estar morando novamente em São José e por ter me identificado com o trabalho que Henrique vinha executando, acreditei na proposta e entrei no time.

O trabalho foi contínuo e tive liberdade para assinar e executar, enquanto coordenadora, projetos que puderam ser implementados, a exemplo do CAMINHOS DAS ARTES (Um Sarau itinerante  que chegou à Zona Rural de São José do Egito com duas edições especiais: a primeira homenageando a poetisa Luzia Batista, violeira repentista que recebeu na praça pública de Riacho do Meio as merecidas homenagens; A segunda edição aconteceu no Sítio Riachão para homenagear a já falecida repentista Anita Catota); A do CIRCUITO (em quatro edições, levou teatro e arte circense de rua para mais de duas mil pessoas, passando por dez comunidades rurais e seis bairros da cidade. Todas as apresentações do projeto foram gratuitas e abertas a todos os públicos. Por esse feito, agradeço imensamente a todas as companhias e artistas que acreditaram neste projeto: a Cia Circo do Asfalto, Cia Trupeçando, Cirkombi, Odília Nunes e Projeto No Meu Terreiro Tem Arte e Maria Eugênia Tita).

Outra peleja que tivemos foi a I Feira de Poesia do Pajeú, realizada pela CEPE em parceria com a Secretaria, que rendeu a formação do Conselho Editorial do Pajeú com uma turma excelente, a qual tive o prazer de presidir e compor a organização e seleção do primeiro Edital do Pajeú. E no Meio da Feira, enquanto Secretaria, lançamos um Edital Municipal chamado VIA LEITURA que visa selecionar cordéis, livretos e folhetos de poesia e garantir uma edição para o(a) autor(a). Com esse projeto publicamos a segunda edição este ano e já estamos na beirinha dos lançamentos das obras selecionadas.

Pude ainda integrar processos de projetos que considero igualmente relevantes a exemplo do Museu da Poesia (projeto que vai transformar o Paço Municipal em um Museu que contará a nossa história poética), o que caminha em parceria com o governo do Estado e o Deputado Federal Tadeu Alencar e ainda a aquisição de instrumentos musicais para a Escola de Música Cícero David (recurso oriundo também de emenda parlamentar de Tadeu) que, à propósito já estão em posse da Secretaria. E aqui é bom dizer o seguinte: assinar projetos não significa que você faz tudo, significa que você é projetista – e no caso eu sou – mas que este projeto só é possível por te um pensamento e uma execução coletiva. E isso agradeço imensamente a toda equipe que sempre somou para todas essas execuções e enquanto eu estava colocando os papéis em ordem, Henrique – como sempre – esteve firmando as parcerias. Fizemos uma boa combinação de equipe nessas e em outras tantas demandas, a exemplo do aniversário da cidade, que comemorou por dois anos consecutivos com um grande festival de violeiros, além de shows, oficinas, recitais, etc. E quando se tem união, todo mundo cresce. E por isso, tem que haver continuidade de projetos.

Seguirei acreditando na Cultura e tendo a convicção que sempre tive: Quando se quer, se faz. Os desafios são imensos no poder público. Não fazer não é uma opção. A opção é fazer da melhor maneira possível. Com dedicação e respeito.

Gratidão a todo mundo! Feliz 2021!