Em São José do Egito, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) concluiu a pauta de Sessões do Tribunal do Júri de 2025, contabilizando onze julgamentos ao longo do ano. Um destaque importante é que quatro dessas sessões ocorreram em novembro, o Mês Nacional do Júri, reafirmando o compromisso com a celeridade da Justiça.
O balanço final de 2025 é que as teses defendidas pelo MPPE em Plenário foram acolhidas em todas as sessões, resultando em um índice de 100% de êxito para a Promotoria local.
Um dos casos de maior relevância julgados em 2025 envolveu membros de uma facção criminosa dedicada ao tráfico de drogas em Tuparetama (PE). O julgamento se deu em São José do Egito porque o homicídio de uma pequena comerciante de drogas daquela cidade ocorreu nos limites territoriais da comarca.
A líder principal da facção foi condenada a uma pena de 28 anos de reclusão, em regime inicialmente fechado. Os demais réus no processo também foram integralmente condenados.
O Ministério Público também obteve sucesso na anulação de duas Sessões do Tribunal do Júri realizadas em 2023 e 2024. A anulação, determinada pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), levou à realização de novos júris nos dias 10 e 11 de novembro de 2025.
Nesses novos julgamentos, o MPPE conseguiu reverter os veredictos anteriores que haviam sido considerados manifestamente contrários às provas dos autos. O resultado foi a aplicação de novas condenações: 10 anos e 2 meses de reclusão por dupla tentativa de homicídio contra mulheres e 12 anos de reclusão por um homicídio ocorrido em via pública, nas proximidades do Clube do Binhas, em 24 de dezembro de 2023.
O Promotor de Justiça Aurinilton Leão Carlos Sobrinho destacou que, apesar de o número de onze sessões ser menor em comparação com anos anteriores, onde a comarca chegou a realizar mais de cinquenta julgamentos, esse dado reflete um trabalho prévio robusto. “O número menor de julgamentos em 2025 reflete o resultado de um amplo esforço institucional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, pois os elevadíssimos números de anos anteriores permitiram o menor número de julgamentos em 2025,” ressaltou o Promotor de Justiça.
Sobre o índice de 100% de êxito, que incluiu a reversão dos últimos resultados negativos nas duas sessões finais do ano, ele enfatizou que o sucesso é fruto da “maturidade do trabalho desenvolvido na Comarca, sempre voltado à evolução e à melhoria da qualidade das investigações e da produção de provas, principalmente as técnicas e periciais”, e também da credibilidade do Ministério Público perante o Tribunal do Júri.