Casos de intoxicação por metanol registrados no Brasil acenderam um alerta sanitário e colocaram o governo em uma corrida para garantir o acesso ao fomepizol, medicamento usado como antídoto nesses envenenamentos.
O remédio não está disponível no mercado nacional e, diante da urgência, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acionou autoridades reguladoras de diferentes países para viabilizar a importação.
O fomepizol é considerado o tratamento de referência porque bloqueia a transformação do metanol em metabólitos tóxicos, responsáveis por danos ao fígado e ao sistema nervoso.
Na ausência dele, os serviços de saúde têm recorrido ao uso controlado de etanol grau farmacêutico, que pode retardar os efeitos do veneno, mas não tem a mesma eficácia ou segurança.
Para garantir o fornecimento imediato, a Anvisa também publicou um edital internacional em busca de fabricantes e distribuidores com estoque disponível. A medida foi adotada após pedido de urgência do Ministério da Saúde.
Além da corrida pelo antídoto, três laboratórios foram mobilizados para analisar amostras suspeitas de bebidas adulteradas:
Enquanto aguarda a chegada do medicamento, a recomendação à população é procurar imediatamente ajuda em casos de suspeita de intoxicação.