Em entrevista à Reuters, Zuma, que dirige a unidade da Fiocruz produtora de imunobiológicos, disse que a fundação perseguirá a meta de produzir 110 milhões de vacinas com o próprio IFA no segundo semestre, mas a complexidade dos processos de produção e a validação regulatória podem impedir que o objetivo seja alcançado, o que demandará a busca por alternativas.
“Produzir aqui a vacina é todo um processo. Tem que validar os lotes de IFA, validar o registro de local de fabricação do IFA. Acreditamos que em meados do segundo semestre vamos ter vacina pronta, agora, se vamos conseguir liberar vai depender das questões regulatórias. O processo é complexo e não dá para afirmar na ponta do lápis. Sabemos que vamos ter percalços em um processo que se fazia em anos”, disse Zuma.
“Se a gente demorar um pouquinho mais para conseguir liberar as doses de vacina nacional podemos acertar com eles, (AstraZeneca), podemos trazer vacina. São várias abordagens possíveis. O problema é complexo e vamos adaptando de acordo com a situação”, acrescentou.
O acordo firmado pela Fiocruz com a AstraZeneca prevê a transferência de tecnologia ao Brasil para a produção local de IFA. Tal acordo, no entanto, até agora não foi assinado devido à complexidade técnica, o que pode atrasar o cronograma de fabricação.
A Fiocruz já enfrenta um atraso para o envasamento de doses da vacina da AstraZeneca a partir do IFA importado. Originalmente, a entrega das primeiras doses ao Ministério da Saúde estava prevista para fevereiro, mas a demora na chegada do IFA adiou para meados de março.
Com informações do G1