Estudo diz que Brasil não sabe quantos casos tem e nem quantas pessoas pegaram coronavirus exatamente, tudo por falta de testes em massa

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As internações por síndrome respiratória aguda grave são as maiores dos últimos 10 anos, pelo menos é o que mostra um estudo da Fundação Oswaldo Cruz, divulgado nessa quinta (23).

De acordo com a Fiocruz, infectologistas e epidemiologistas, a subnotificação para a covid-19, é a principal causa desse aumento expressivo nas internações.

A SRAG, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave, é uma doença respiratória grave que exige internação e é causada por um vírus, seja ele o novo coronavírus, o influenza ou outro.

Na contagem da Fiocruz até o dia 4 de abril deste ano, o Brasil tinha 33,5 mil internações por SRAG, muito acima da média desde 2010, de 3,9 mil casos. Mesmo em 2016, quando houve um surto de H1N1, foram registrados 10,4 mil casos no mesmo período do ano.

Um outro fator, é que o sistema da Fiocruz passou a receber um número maior de notificações de hospitais privados. Por isso, a comparação deste ano com os anteriores não é perfeita. Mas, mesmo descontando os dados de hospitais privados, a alta ainda é grande.

Além disso, o último boletim do Ministério da Saúde mostra que há mais de 20 mil casos de SRAG ainda em investigação, aguardando o diagnóstico.