A Polícia Civil de Pernambuco designou uma delegada especial para conduzir o inquérito que apura denuncias feitas pela recifense Silvia Tavares de Souza Cunha contra o padre Airton Freire, de Arcoverde.

As investigações tiveram início em outubro passado e ainda não foram concluídas. Foram publicados na noite desta sexta-feira (05), os termos principais da denúncia.

Sílvia acusa o padre Airton Freire de conivência com abusos sexuais. Ela contou que foi estuprada por um motorista do padre em agosto de 2022 e ele estava presente e nada fez para impedir o crime. Ela disse que conhece o padre há quatro anos e meio e que jamais imaginou que isso pudesse acontecer.

Contou que ele sempre a atendeu espiritualmente, disse que se curou de uma isquemia pela qual estava desenganada depois que ele intercedeu por ela e sempre o teve como um santo. Por conta disso, ainda segundo seu relato, foi várias vezes a Arcoverde participar de retiros pregados pelo sacerdote e adquiriu confiança nele.

O caso que vem provocando forte abalo entre os que conhecem o padre Airton e a Fundação Terra, por ele fundada. Na cidade de Arcoverde, a população se divide entre os que defendem e os que estão condenando o sacerdote.

A Diocese de Pesqueira, na qual Pe. Airton é ligado emitiu nota dizendo que ainda não foi comunicada oficialmente pelas autoridades sobre o caso e que tão logo seja, tomará todas as medidas legais, inclusive no âmbito do direito canônico.