Por Jéssica Maria:
A Praça da Basílica de São Pedro não estava vazia, ali se encontrava 1,3 bilhão de corações unidos, com um grito: “Acorda, Senhor!” emudecido pelo medo desse mar revolto, na qual não temos total conhecimento. Enquanto pedíamos que Cristo nos socorresse, Ele falava conosco: “Por que sois tão medrosos? Por acaso não tendes fé?”
Aquela Praça não estava vazia, ali estavam olhares, súplicas e ouvidos atentos a tudo que Cristo queria nos dizer e assim como Maria, ouvíamos e guardávamos tudo no coração…
Não, aquela Praça não estava vazia, encontrava-se cheia de milhares de adoradores, que admiravam a beleza do próprio Cristo, um momento de paz, em meio ao forte vendaval.
Milhares de joelhos no chão molhado pela chuva que insistia em cair como quem diz: “Por que sois tão medrosos? Por acaso não tendes fé?” e nos fazia lembrar que estávamos à frente daquele que acalmou o mar, praticamente com uma palavra: “Acalme-se”
Ali com lágrimas nos olhos, vozes ecoavam pelo mundo a misericórdia de Deus, em cada frase a certeza, Cristo estava ali no meio daquela multidão que aprendeu que sozinhos não irão conseguir.
Mãos que não estavam unidas, mais que repetiam unidas os mesmos gestos que o Santo Padre fazia com o Santíssimo, dava-nos a bênção…
Assim como a chuva, nossos pecados caíram por terra e nos fez lembrar que mesmo sem merecer, Cristo nos ama, aceitou a cruz por nós, morreu e ressuscitou e nos deu vida nova e assim como falou para o forte vendaval, repetia para nós, naquela Praça de São Pedro, repleta de pessoas agitadas pelo seu socorro: “Acalma-se, por que sois tão medrosos? Acaso não tendes fé?”
Definitivamente aquela Praça não estava vazia…