A ocupação de leitos para pacientes com a Covid-19 teve aumento em Pernambuco. Um levantamento feito mostra que há, atualmente, mais doentes em enfermarias e em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) públicas do que há uma semana.
Pernambuco tem, hoje, 933 leitos de enfermaria e 785 de UTI na rede pública, de acordo com o estado. Segundo análise de dados publicados nos boletins da Covid-19 pelo governo, no domingo (18), a taxa de ocupação das enfermarias era de 38%.
O documento divulgado pelo governo, na segunda (26), apontou que a ocupação desse tipo de leito chegou a 45%. Nesta terça (27), havia doentes em 46% das vagas, conforme o estado.
Nas UTIs, o aumento foi registrado desde a quarta-feira (21). Naquele dia, aponta o levantamento, a taxa de ocupação era de 65%.
No último boletim, de segunda, havia pacientes em 72% das vagas para esse tipo de tratamento. Nesta terça, a taxa atingiu a casa de 75%, segundo o estado.
Nesta terça, o governo divulgou a taxa de ocupação de leitos da rede privada. Após uma reunião entre o secretário estadual de Saúde, André Longo, e representantes dos hospitais particulares, no Recife, o estado informou que há 132 enfermarias para a Covid-19 e uma ocupação de 21%. Também são disponibilizadas 202 UTIs e 74% delas estavam ocupadas.
Depois da reunião, o presidente do Sindicato dos Hospitais de Pernambuco, Sindihospe, George Trigueiro, afirmou que as pessoas “estão procurando mais as emergências dos hospitais do que antes, quando estavam com mais medo”.
Segundo ele, no início da pandemia, as pessoas foram orientadas ficar em casa e só procurar unidades de saúde em caso de falta de ar.
“Agora, as pessoas estão com a orientação de ir para a urgência em caso de qualquer sintoma respiratório. As unidades da rede particular estão recebendo mais gente nas emergências”, declarou.
Sobre possíveis motivações para essa maior incidência de pessoas com algum sintoma em busca de hospitais, George apontou algumas questões.
“As pessoas estão se aglomerando. Teve feriado e convenções partidárias. Também houve politização da doença, como está acontecendo agora com a vacina”, disse.
Com informações do G1 PE