Em três meses, Pernambuco teve redução de 74% no número de pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para a Covid-19. Segundo o estado, o avanço da vacinação é o principal responsável pelo novo quadro. As duas doses ou o imunizante de dose única foram aplicados em 30% do público.
Dados do governo apontam que, no dia 9 de julho, 1.726 pernambucanos estavam internados nas UTIs da rede pública. Na sexta-feira (9), exatamente três meses depois, eram 446 leitos ocupados.
Essa queda está diretamente ligada à redução dos casos graves. Em maio, mês em que foram registrados os piores números da pandemia neste ano, 5.188 casos graves de Covid foram notificados. Em agosto, foram 528, o que representa redução de 89,8%.
Especialistas afirmam que a vacinação interfere diretamente nesses indicadores. Atualmente, o estado tem cerca de 62,33% da população imunizada com ao menos uma dose.
De acordo com Lindomar Pena, virologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as vacinas contra a Covid confirmam o que se observou nos estudos clínicos, em que a eficácia dos imunizantes foi bastante elevada.
De acordo com André Longo, secretário estadual de Saúde, o cenário provocou mudanças no orçamento do estado.
Cerca de R$ 27 milhões estavam reservados para o tratamento de pessoas internadas com Covid e, agora, serão investidos no cuidado a pessoas com outras doenças.
Esses valores podem, por exemplo, resolver problemas como os do Hospital Otávio de Freitas, na Zona Oeste do Recife, que é gerido pelo governo do estado e tem pacientes aglomerados em macas esperando por cirurgia. A superlotação é uma constante no local.
Pernambuco renova estado de calamidade pública por mais três meses por causa da pandemia da Covid-19
Pernambuco prorrogou por mais três meses o estado de calamidade pública em todos os municípios e em Fernando de Noronha devido à pandemia da Covid-19. A medida, assinada pelo governador Paulo Câmara (PSB), foi publicada no Diário Oficial desta quarta-feira (15) e vale por 90 dias, até 11 de dezembro.
O primeiro decreto ocorreu em 20 de março de 2020, poucos dias depois da confirmação dos primeiros casos de Covid-19 no estado.
O estado de calamidade é o nível mais grave de atenção possível, em âmbito municipal ou estadual. Ele é usado quando o desastre é grande demais para que o poder público local resolva por conta própria os danos ocasionados.
O decreto nº 51.342 também considera os impactos e perdas significativas na economia do estado, bem como o fato de que os moradores do estado “não têm condições satisfatórias de superar os danos e prejuízos”.
Com informações do G1 PE