A pandemia de Covid-19 foi um dos fatores que provocaram aumento da violência doméstica contra as mulheres no Brasil em 2020, afirmou neste domingo a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.
O país registrou 105.821 denúncias de violência contra a mulher no ano passado, segundo relatório divulgado neste domingo (7), véspera do Dia Internacional da Mulher.
De acordo com a ministra, houve aumento também nas ocorrências registradas por delegacias virtuais. “Nós, infelizmente, tivemos de deixar dentro de casa agressor e vítima. Isso foi um fenômeno que aconteceu no mundo inteiro e nós lamentamos”, declarou Damares.
A ministra diz que, prevendo esse aumento, o governo ampliou os canais de atendimento. Além das plataformas do Ligue 180 e do Disque 100, que já existiam, o ministério oferece contatos por WhatsApp e por um aplicativo próprio chamado “Direitos Humanos Brasil”.
O governo também lançou neste domingo uma campanha, em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para combate à violência contra a mulher em todo o país.
Entre as mensagens da campanha, estão: “o amor não causa dor, não causa medo, não deixa trauma ou dívidas”.
O objetivo é chamar a atenção para as diversas violências físicas, psicológicas e patrimoniais sofridas por mulheres, informou o governo.
Segundo o ministério, a ação publicitária traz peças e vídeo que serão encaminhadas para órgãos e instituições ligadas ao Poder Judiciário, como cartórios e tribunais de Justiça.
A secretária nacional de Políticas para Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, informou que a campanha é importante para enfrentar um grande desafio na violência contra a mulher, a subnotificação. Segundo ela, o governo está trabalhando em um plano nacional de enfrentamento ao feminicídio.
O governo federal oferece os seguintes canais de denúncia:
Disque 100
Ligue 180
Mensagem pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008
Telegram, no canal “Direitoshumanosbrasilbot”
Site da Ouvidoria do Ministério
Aplicativo “Direitos Humanos Brasil” (para iOS e Android)