O rapaz de 18 anos que invadiu nessa terça-feira (4) uma escola de ensino primário em Saudades (SC) e matou a facadas duas professoras e três crianças foi definido pela polícia local como um jovem “problemático”.
O suspeito, que não teve a identidade revelada, tem perfil recluso, cursa o ensino médio e vinha sofrendo bullying na escola. Também há relatos de maus tratos a animais por parte do jovem, de acordo com o delegado Jerônimo Ferreira, responsável pelo caso.
Uma entrevista coletiva foi concedida à imprensa na noite desta terça-feira (4). Estiveram presentes no ato as autoridades policiais da região, a governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr (sem partido), e o prefeito de Saudades, Maciel Schneider (PSL).
Ainda segundo o delegado, o rapaz mora com a família na cidade em que ocorreu o crime. Ele vinha se afastando dos poucos amigos que tinha e trabalhava em uma empresa da cidade. A polícia encontrou R$ 11 mil em espécie na casa do suspeito, mas acredita-se que o dinheiro seja fruto de trabalho.
O delegado afirmou que o jovem foi submetido à cirurgia em Chapecó (SC), já que, após ferir as vítimas, ele teria tentado se matar com o próprio facão utilizado para cometer os crimes. A polícia afirmou que ele tentou cortar o próprio pescoço, mas foi impedido e socorrido.
À imprensa, Ferreira disse que vai tentar interrogar o suspeito. “Ele tem o direito de permanecer em silêncio, mas quero ver o que ele vai contar”, afirmou.
Segundo informações passadas por legistas na coletiva de imprensa, todas as cinco vítimas fatais receberam pelo menos cinco golpes de faca cada.
Os crimes, disse o delegado, foram uma surpresa para todos da família do suspeito, que não imaginavam que algo do tipo pudesse acontecer. Investigações preliminares não encontraram ninguém com quem o rapaz possa ter compartilhado os planos do atentado.
A polícia explicou que durante a invasão à escola o suspeito estava com duas armas brancas, mas só uma foi usada. Ambas teriam sido compradas pelo rapaz dias antes. O suspeito não tinha antecedentes criminais.
Com informações da CNN Brasil