Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm criticado nos bastidores a ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) movida pelo comitê de campanha contra rádios.
Reservadamente, esses aliados passaram a chamar a medida de Bolsonaro de “Operação Tabajara”, numa referência às Organizações Tabajara, empresa fictícia criada pelo programa humorístico “Casseta e Planeta”. A empresa vendia produtos de qualidade duvidosa.
A campanha bolsonarista alegou ter sido prejudicada porque supostamente algumas rádios não teriam veiculado inserções do candidato à reeleição.
A ação foi rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes porque as informações eram inconsistentes. A fiscalização das inserções cabe aos partidos políticos.
Interlocutores do presidente admitiram que a ação movida ao TSE está “repleta de erros”, o que foi visto por aliados de Bolsonaro como uma “demonstração de amadorismo”.
Nos últimos dias, ministros ligados ao Centrão, por sinal, procuraram ministros do Supremo Tribunal Federal para avisar que estavam fora da “Operação Tabajara” e que não concordavam com ela. Os magistrados disseram a esses ministros que o caso foi feito só para tumultuar a eleição nesta reta final.
Até o ministro das Comunicações, Fábio Faria, que deu a entrevista coletiva na frente do Palácio da Alvorada anunciando o que consideravam uma “fraude eleitoral”, conversou com ministros da Suprema Corte e disse que foi induzido ao erro por assessores do comitê.
Com informações do G1