Um novo estudo aponta que pegar Covid mais de uma vez ao ano pode se tornar cada vez mais comum, para pessoas que seguirem expostas sem barreiras à ômicron e suas subvariantes. O cenário é traçado por especialistas que conduziram um estudo na África do Sul e confirmado também pela experiência prática de médicos brasileiros.
Na África do Sul, pesquisadores da Universidade Stellenbosch analisaram quase 3 milhões de testes positivos de laboratório registrados até janeiro deste ano. Em artigo publicado na revista científica “Science”, eles apontam que reinfecções eram eventos raros, quase nulos, nas ondas provocadas pelas variantes beta e delta. Entretanto, depois de 31 de outubro de 2021, com o aparecimento da ômicron, a pesquisa localizou indivíduos que tiveram até três casos de reinfecção.
Nas ondas pré-ômicron da pandemia, casos de reinfecção eram raros e investigados: estudo na “The Lancet” associava as ocorrências pontuais à queda da imunidade após seis meses da imunidade adquirida. No recente estudo africano, as reinfecções foram verificadas em intervalos menores: 90 dias (três meses).
Mas nem tudo está perdido: se, de um lado, os casos de Covid mostram sinais de aumento, a tendência é de que não tenhamos uma onda de mortes e hospitalizações como as vistas nos últimos dois anos.
Um outro ponto é que as máscaras continuam sendo as principais aliadas para quem busca proteção contra a infecção no atual momento.
Com informações do G1