No momento em que o Brasil vive um impasse diplomático para a importação de insumos para a produção de vacinas contra a Covid-19, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reúne nesta quinta-feira (21) com representantes da farmacêutica União Química, responsável pela produção da Sputnik V na América Latina, para discutir o pedido de uso emergencial do imunizante russo no país.
A União Química tem apostado na aprovação e utilização do imunizante em outros países para conseguir o aval no Brasil. A avaliação que será levada à agência é a de que, diante do recrudescimento da pandemia no país e com quantidade insuficiente de doses das vacinas já disponíveis e autorizadas, a companhia brasileira tem capacidade de suprir tal demanda –seja com a importação de doses prontas ou com a produção no país.
A reunião vai acontecer no dia seguinte ao ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinar que a Anvisa dê informações sobre a análise do pedido de uso emergencial da vacina Sputnik V em até 72 horas.
A determinação de Lewandowski foi no âmbito de uma ação do governo da Bahia, que pleiteou ao Supremo a possibilidade de comprar a Sputnik sem a intermediação do governo federal.
Segundo o governador da Bahia, Rui Costa (PT), o estado tem um acordo de cooperação para o fornecimento de até 50 milhões de doses da vacina. Na ação ao Supremo, Costa defende a importação de vacinas aprovadas “por pelo menos uma das autoridades sanitárias estrangeiras e liberadas para distribuição comercial nos países”.
Com informações da CNN Brasil