Cientistas da Paraíba já vinham sofrendo com projetos interrompidos pela sequência de cortes de financiamento de pesquisas nos últimos anos. Com a nova decisão do presidente Jair Bolsonaro (PL) de vetar recursos do Orçamento 2022 para a área da pesquisa científica – justamente em 24 de janeiro, data proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional da Educação – a perspectiva de estudantes e pesquisadores não é de melhora.
Foi um corte de R$ 739,9 milhões somente no Ministério da Educação, onde a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível superior (Capes) é veiculada.
Desde que a portaria n° 34 da Capes foi publicada em 2020, cerca de 346 bolsas de pós-graduação da UFPB, 26% do total de bolsas mantidas na instituição de ensino, foram cortadas.
Conforme dados da própria instituição, em 2019 a universidade mantinha 1.682 bolsas de mestrado e doutorado. Esse número mudou para 980 em 2020, após a portaria, e fechou 2021 com apenas 949 bolsas — um saldo negativo de 673 pesquisas interrompidas ou prejudicadas por falta de verbas.